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Beneficiários do projeto


Institut de recherche pour le développement

França



Fundação Universidade de Brasília

Brasil



Stichting Koninklijk Nederlands Instituut Voor Zeeonderzoek

Holanda


Jacobs University Bremen Ggmbh

Germany



Imperial College London

Reino Unido



Helmholtz-Zentrum Potsdam, Deutsches GeoForschungsZentrum

Alemanha


Universiteit van Amsterdam

Holanda

Cooperação IRD-UnB

O projeto CLIM-AMAZON foi construído sobre a base do atual laboratório franco-brasileiro LMI-OCE (Laboratoire Mixte International-Observatoire des Changements Environnementaux) , que tem como princípio a complementaridade das plataformas de observação, análise e modelagem do IRD (Institut de recherche pour le développement) e UnB (Universidade de Brasília).

Primeiros passos: O ORE-HYBAM

© IRD / M. Jégu Porto de Manaus

A cooperação técnico-científica em hidrologia e hidroquímica de águas continentais é um dos eixos mais antigos e produtivos da cooperação científica França-Brasil. Tudo começou na década de noventa com o projeto "Gestão de Recursos Hídricos no Brasil". Desde então, o IRD tem investido na bacia do rio Amazonas em uma base de longo prazo em colaboração com universidades da América do Sul e agências, através do ORE-HYBAM (Observatoire de Recherches en sur l'Environnement hidrodrologique du Bassin Amazonien). Este programa sobre a hidrologia e geoquímica da bacia do Amazonas (1997-2000) foi prorrogado por mais 4 anos (2001-2004) com abertura para mais um parceiro científico na Amazônia: UEA (Universidade do Estado do Amazonas) de Manaus.

Em 2003, o ORE-HYBAM foi validado pelo Ministério Francês de Pesquisa. As plataformas analíticas selecionados foram os de IG-UnB (Instituto de Geociências, Brasília) e GET-IRD (Géosciences Environnement Toulouse) . Em 2006, o observatório foi aprovado pelo grupo GEMS / Water Programme (Programa das Nações Unidas, UNEP) para a bacia do rio Amazonas.


Projetos CNPq-IRD

© IRD/F.Sondag Planície de inundação do rio Amazonas, perto de Parintins

Após mais de 10 anos de colaboração mutuamente vantajosa entre o Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (IG-UnB) e o LMTG/GET-IRD laboratório na Universidade de Toulouse, em 2005, um novo projeto foi aprovado entre IRD e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) sobre a biogeoquímica de lagos de várzea na Amazônia (2005-2009) (projeto que envolve também outras universidades brasileiras, como a UFF (Universidade Federal Fluminense) em Niterói e a UFAM (Universidade Federal do Amazonas) em Manaus).


LMI-OCE: origem e objetivos

Em 2009, o IRD e a UnB/IG conjuntamente decidiram criar o LMI-OCE "Observatório de Mudanças Ambientais", que está alocado no IG-UnB pelo período de 2009-2013. O LMI-OCE foi construído com uma crescente participação de instituições brasileiras e parcerias novas com agências de financiamento, incluindo o CNPq e a CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). É considerado como um Centro misto de ciência e tecnologia, o qual não é uma entidade separada de seus parceiros fomentadores. Baseando-se em uma missão de pesquisa estratégica, ele suporta um conjunto de atividades de pesquisa e formação.

O LMI-OCE está empenhado em compreender mudanças ambientais contemporâneas, principalmente através de interações entre dinâmica ecológica (aquática e terrestre) e processos de origem antropogênica. Conciliando campanhas de campo, análises de laboratório e modelagem integrada, as atividades do LMI-OCE estão concentradas principalmente nas seguintes questões:

  1. Estudar a transferência de elementos de sedimentos, água e produtos químicos, a fim de avaliar o impacto do clima e da ação antropogênica na Amazônia;
  2. Modelar as interações entre as várzeas e os principais cursos dos rios;
  3. Levantamento e análise de processos de emissão de gases de efeito estufa e armazenamento de carbono em vários hidro-sistemas (que são pouco entendidos nos trópicos).

A partir de agora, novos temas também surgem, através de uma parceria ampliada que vislumbra o desenvolvimento científico inovador para os próximos anos, a saber:

© UnB / P. Dutra Maia Vegetação aquática, estado do Amazônas, Brasil

  1. Reconstruir a geodinâmica do Amazonas usando traçadores geoquímicos;
  2. Analisar e modelar a sustentabilidade dos ecossistemas e da biodiversidade em relação à hidrologia aquática e as mudanças climáticas;
  3. Modelar o impacto das políticas públicas em termos de uso de cobertura do solo/terra e da biodiversidade;
  4. Observar e analisar interações ambiente-saúde.

A plataforma analítica está compartilhada entre dois locais: UnB no Brasil e IRD-GET na França. Ela inclui uma vasta gama de monitoramento de campo e instrumentação analítica de laboratório que permite uma caracterização físico-química completa de águas, sedimentos e rochas. Os estudos de campo também são balizados por sensoriamento remoto por satélite que permite a medição das propriedades da superfície da água dando acesso aos parâmetros físicos através da modelagem inversa.


Produção científica e disseminação

© IRD / F. Poitrasson Amostragem na boca do rio Madeira

De 1997 a 2010, esses vários projetos de pesquisa e laboratórios envolvendo IRD, IG-UnB e outros parceiros sul-americanos levaram à publicação de 132 artigos em revistas internacionais (65%, sendo coautorias), e a realização de 17 teses de doutorado (incluindo 4 orientações conjuntas), 49 mestrados e 33 cursos em diferentes níveis. IRD, UnB e outros parceiros da América do Sul organizaram a cada dois anos uma conferência científica com base nos resultados do ORE-HYBAM. Além disso, IRD e UnB organizaram escolas de verão em observação da Terra a partir do espaço e outras escolas temáticas, como 'Geoquímica de Isotópos Estáveis' realizada na UnB em 2010.


Conexão com o CLIM-AMAZON

© IRD / F. Sondag A cidade de Parintins e a planície de inundação do Rio Amazonas

Dentro da chamada INCO-LAB, o projeto CLIM-AMAZON estabelece um quadro comunitário para a abertura do LMI-OCE para novos pesquisadores participantes de Estados Membros da UE e países associados do 7º PQ, incluindo estudantes de doutorado, pós-doutorados e cientistas experientes. Esta estratégia irá aumentar a capacidade de pesquisa de uma equipe brasileira-francesa focada nos estudos climáticos e biogeoquímicos da bacia do rio Amazonas, e iniciar uma investigação sobre a variabilidade geodinâmica e climática, erosão e sedimentação da bacia deste grande rio, a nível europeu.